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Notícia

“Missionários?”

Já estive em igrejas que se consideram missionárias. Algumas, de fato, são. Outras satisfazem-se acreditando que são. Aquelas assumiram o desafio missionário como causa e paixão. Estas “suportam” os temas missionários pela insistência de seus líderes. Basta que mudem de igreja (ou ênfase) para que ninguém lembre do assunto.

A diferença entre umas e outras está nos fundamentos sobre os quais foi construída a proposta missionária. É como na parábola de Jesus: quem construiu sobre a rocha edificou uma casa segura; quem construiu sobre a areia – e note bem: construiu! – edificou uma casa incapaz de resistir às primeiras dificuldades. Grande será sua ruína.

Uma Igreja realmente missionária está firmada em alguns fundamentos essenciais:

1) A ação missionária da Igreja é resultado do mandato de Cristo e não da visão pastoral ou ministerial das lideranças locais. É obediência, submissão, amor a Deus e comprometimento com o avanço de Seu reino. Desperta nos líderes da Igreja a pergunta por como irão cumpri-la (visão); jamais, porém, se irão cumpri-la (rebelião).

2) A ação missionária da Igreja não é apenas expansionista, mas legitimadora. Uma igreja local não faz missões somente porque quer avançar; faz missões porque sabe que o abandono do projeto missionário é a perda de sua legitimidade de ser igreja. Que prejuízos o fechamento de uma igreja não missionária localizada em regiões efetivamente evangelizadas traria para o reino de Deus? É certo que todos os crentes dela participantes migrariam para outras comunidades presentes na mesma região. O fechamento de uma igreja envolvida com povos não alcançados, no entanto, representaria prejuízos incontáveis na economia da salvação. Sobretudo se uma geração inteira se perder pela pura falta de pregação do Evangelho.

3) A ação missionária da Igreja não pode ser confundida com evangelismo ocasional. É o conjunto das iniciativas objetivas e organizadas dessa Igreja, no poder e na orientação do Espírito, para que seja promovido acesso integral do ser humano a um evangelho igualmente integral. Por isso, deve ser valorizada e respeitada. Desenvolvida com rigor, critério e dedicação: o melhor para missões. Igrejas com consciência missionária deficiente, que formam mal seus candidatos ao campo, que contribuem minimamente e com negligência, prestam um desserviço para o reino e dão péssimo testemunho diante da sociedade.

4) A ação missionária da Igreja também não deve ser confundida com expansão denominacional. Pode incluí-la, mas não priorizá-la. Deve ser realizada com humildade, em parceria e com o claro propósito de glorificar a Deus. Sempre.

ANTES DE TUDO, MISSIONÁRIOS!  -Pr.Marcelo Gomes “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer já está condenado.” Marcos 16:15 “Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra.” Atos 1:8 Uma Igreja séria e bíblica, edificada sobre os princípios da Palavra e cheia do Espírito, é, antes de tudo, uma Igreja Missionária. Não apenas missionária, mas antes de tudo missionária. Isto porque não haverá ninguém na Igreja se antes não houver pregação do Evangelho e testemunho cristão. É a face missionária da Igreja que apresentamos ao mundo e que faz com que as pessoas sejam alcançadas pela mensagem da salvação.

Os textos acima fazem parte daquele conjunto de textos bíblicos que ensinam e orientam a Grande Comissão da Igreja. Antes de ser elevado aos céus, Jesus reuniu seus discípulos e ordenou-lhes que saíssem a pregar aquela mensagem que também ouviram, a qual transformou suas vidas. Esta é a razão da existência terrena da Igreja: a salvação dos perdidos.

Certa vez, li num desses livros sobre crescimento da Igreja que Deus poderia, tranquilamente, ao aceitarmos o desafio da fé e da graça, arrebatar-nos e levar-nos ao céu para morarmos com Ele (com certeza isso nos pouparia muito sofrimento!!!). Mas Ele não faz assim. Por quê? Há duas coisas que só podemos fazer aqui, na terra, antes de chegarmos ao céu: a primeira é pecar; a segunda é ganhar vidas para Jesus. Por qual destas razões você acha que Deus escolheu deixar-nos aqui até nossa partida ou sua vinda gloriosa?

Que Deus nos ajude a ser Igreja Missionária.


Pr. Marcelo Gomes
1ª Igreja Presbiteriana Independente Maringá
marcelo@ipimaringa.org.br