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Notícia

O Verdadeiro Espírito do Natal

É natal. A cidade está enfeitada, as ruas iluminadas, as casas decoradas. Vermelho, verde, branco, prata e dourado são as cores predominantes. Até as músicas são diferentes. Melodias mais infantis, sinos, guizos e instrumentos com os quais não estamos tão habituados. Tudo para que ninguém deixe a data passar despercebida. O natal contemporâneo tem três características muito próprias: a fantasia, a infância e o presente. A fantasia está representada pela figura do Papai Noel, com seus duendes, renas e ambiente polar. A infância, representada pelas crianças, presentes nas festas, nas ruas, nos comerciais. São o centro das atenções. O presente também está em toda parte. O comércio fatura mais nessa época que em qualquer outra no ano. Ninguém pode ficar sem o seu.

Mas o que é o natal? Que data é essa? Ora, quase todos sabem: é o nascimento de Jesus Cristo. Sabemos que não é uma data de precisão histórica (Jesus teria nascido por volta de setembro ou outubro, cinco ou quatro anos antes do ano inicial do calendário cristão), mas de importância simbólica. Marca a entrada, tenha sido no dia que for, do Filho de Deus na história humana. Como não comemorá-la?

O problema é que nos distanciamos do espírito do verdadeiro natal. Havia outras marcas no nascimento do Senhor. A fantasia foi massacrada pela dura notícia de que o bebê teria de nascer num estábulo, porque não havia lugar para uma família pobre nas hospedarias. As crianças, vitimadas pela tragédia em razão da insana determinação de Herodes: matar todos os recém-nascidos. Os presentes, dados pelos magos, não foram objetos de trocas por estímulos comerciais, mas o reconhecimento singelo que naquela manjedoura estava o salvador do mundo.

O natal de Jesus não estimula a fantasia de que somos melhores; lembra-nos que somos amados pelo Deus que pagou o preço por nossos pecados. Não gira em torno da criança; lembra-nos que o Cristo homem foi quem morreu na cruz para salvar. O nascimento não é o foco; a paixão é que é. Finalmente, o natal não quer ser apenas uma oportunidade para a troca de presentes, mas um chamado à adoração e ao louvor daquele que se fez presente na pessoa de Jesus. E se faz presente hoje, para continuar nos socorrendo, na pessoa do Espírito Santo. Esse é o feliz natal.

Nestes dias, o correio recebe cartas de crianças que pedem emprego para o seus pais e cura para enfermidades.E outras, igualmente pedem uma bicicleta. Algum empresário sensibilizado, certamente, atenderá algum destes pedidos. Provavelmente o segundo. Talvez os dois. Quem sabe?

No decorrer do ano, milhares de outras crianças e famílias, com necessidades semelhantes ou muito diferentes, continuarão sem assistência da sociedade. Mas não ficarão sem amparo. O Jesus nascido em pobreza e esquecimento tornou-se o seu Senhor e o seu Salvador. Identificou-se com eles para verdadeiramente poder socorrê-los. Sabe o que sentem em todo o ano, quando os homens não estão se esforçando por serem melhores por si mesmos. Estão seguros em suas mãos.

Feliz natal para todos.

 

Pr. Marcelo Gomes

1ª Igreja Presbiteriana Independente Maringá

marcelo@ipimaringa.org.br